O Padroeiro da AAAZ

“NAN CHI  HSIEN WÊNG, o velho imortal do Polo Sul é o Papai Noel taoista; ele monta uma rena e concede vida longa & felicidade. Seus meninos carregam os pêssegos da imortalidade & cogumelos ling-chih. Ele é o padroeiro da AAAZ, e protegerá todos os viajantes astrais na área que invocarem seu auxílio”

[Da convocação para a Convenção Astral de 1987]

AAAZ – Um Convite

O passado de Hakim Bey como funcionário do regime de Reza Pahlevi não cheira lá muito bem. E hoje a patota da Igreja Ortodoxa Moura [Moorish Orthodox Church/MOC], – ou parte dela, pelo menos – se dedica à defesa apaixonada dos jihadistas e mercenários do Exército Livre Sírio e seu entorno salafiwahabista que, é público e notório, foram nutridos desde o berço pela CIA. Mas enfim… Para quem, por sua conta e risco, quiser se aventurar, segue um convite da ortodoxia moura para um evento no astral, na madrugada de 02 de setembro. [Os textos originais estão aqui e aqui]

30º Aniversário da AAAZ

Há 30 anos, o escritor anarquista Hakim Bey lançou um apelo às várias conexões que tinha na cena de zines dos anos 80 para que se juntassem a ele em uma convenção astral em um local sagrado. A localização escolhida foi um do templo astral à Lua localizado no Cabo Longing, na Antátida (no extremo sul do Canal Príncipe Gustavo, na margem norte da plataforma de gelo Larsen, na costa do Mar de Wendell).

Convites foram enviados encorajando a todos a se projetar ou sonhar em direção à região polar entre 31/08 e 01/09 por uma hora ou mais, registrar suas experiências e depois enviá-las a ele em forma de cartas, relatórios de campo, colagens, discursos, etc. Este material foi reunido e então publicado de forma privada e enviado aos participantes. Dizem que mais de 100 pessoas participaram e, destas, cerca de cinquenta contribuíram com o “Registro Akáshico” resultante.

O que realmente torna o evento tão maravilhoso e valioso para a história do ocultismo e para a cultura alternativa foi que, fora o evento no astral, tudo foi organizado e compilado via correio.

Então, aqui estamos nós na estrada, 30 anos depois, e o Templo Lunar do Cabo Longing nos acena uma vez mais para ser visitado. É hora de desdobrar seus tapetes mágicos, lubrificar suas vassouras, riscar o círculo e preparar o unguento. A Zona espera por nós!

Junte-se a nós no dia 02/09/2017, das 02:00 h do horário de Brasília (12 AM US Time Central) até as 06:00 h (4 AM US Time Central) na Zona Autônoma Astral Antártica [aka Astral Antarctic Autonomous Zone/ AAAZ]!

 

Pé na estrada!

A localização: “O Cabo Longing (64° 33’S 58° 50’W) é um cabo rochoso na costa leste da Terra de Graham, na Antártica, formando a extremidade sul de um grande promontório coberto de gelo que marca o lado oeste da entrada sul do Canal do Príncipe Gustavo. Ele foi descoberto pela Expedição Antártica Sueca liderada por Otto Nordenskjöld em 1902, e assim batizada por ele pois, visto de sua cabana de inverno na Ilha Snow Hill, o cabo situava-se na direção da ‘terra da ansiedade’ (‘land of longing’), que ele ansiava explorar.

O cabo Longing é a ponta da Península de Longing, que tem 9 milhas náuticas (17 km) de comprimento e situa-se no extremo noroeste da Costa de Nordenskjöld, onde a Plataforma de Gelo Larsen se separa da Plataforma de Gelo do Príncipe Gustavo. Foi mapeado por alto por Nordenskjöld e batizado como cabo pelo Comitê de Nomes de Lugar Antárticos do Reino Unido (UK-APC) após o trabalho geológico do Serviço Antártico Britânico na área em 1987-88.

A Passagem de Longing (64° 25’S 58° 57’W) é uma constrição do promontório norte do Cabo Longing, onde a terra se estreita pra 2 milhas náuticas (4 km) e forma um istmo baixo. A fenda é usada para evitar o longo desvio em torno do cabo. Ela foi mapeada em pesquisas do Serviço das Dependências das Ilhas Falklands em 1960-61 e batizada em associação com o cabo”.

O templo: Cerca de uma semana antes do evento, visitarei a AAAZ para certificar-me de que o transmissor ainda está em boas condições de funcionamento.

Há ali um minarete de cristal que transmitirá (pode ainda transmitir) um feixe de sinal de luz espectral azul misteriosa.

Ao lado do farol está construído um edifício de nove lados coberto por uma ampla cúpula de vidro. Abaixo da cúpula está um exuberante jardim dos prazeres. Dentro do prédio propriamente dito há um pátio central com duas fileiras de 5 colunas de pórfiro.

Além de cada colunata há um conjunto de escadas que conduzem a um patamar que pode ser visto do pátio. Neste patamar está um estrado que suporta duas colunas, uma preta, a outra prateada. Entre elas há um véu lavanda-prateado além do qual está a 13ª coluna, composta de puro luar.

O acesso aos jardins acima vai variar para cada peregrino.